Subway Life é uma compilação de vários desenhos da autoria de António Jorge Gonçalves. Para a realização deste livro, António Jorge Gonçalves passou por dez cidades e em cada cidade, desenhou a primeira pessoa que se sentou à sua frente ou ao seu lado. Este livro também é composto por plantas de alguns metros, e outros.
Todos nós temos um ponto de referência, um porto de abrigo, alguém que temos sempre por garantido. Sabemos que essa pessoa vai estar sempre lá, está sempre no mesmo sítio. E nós sabemos sempre onde encontrá-la. É a nossa referência. Quando precisamos está lá, quando não precisamos também está. É para ela que voltamos depois de um dia mau, depois de uma má experiência, depois de uma tempestade.
Mas já se sabe o que acontece ao que damos por garantido. Está sempre lá…até que deixa de estar.
E quando isso acontece…ficamos perdidos, ficamos à nora. Andamos, andamos e não conseguimos chegar a nenhum lugar, tudo o que antes nos era familiar, agora nos é completamente desconhecido. As pessoas, já não as conhecemos. Os objectos, já não nos encaixam nas mãos. Os lugares, já não nos são nada. Já não existimos, já nada existe para nós. Porque parece que já nada encaixa na nossa vida, e a maior parte das coisas parece que já não fazem sentido.
Há qualquer coisa que está a faltar a toda a hora…para onde quer que vamos. Há uma parte de nós que está vazia. E esse vazio simplesmente não quer desaparecer. Está sempre lá, a pesar. Até parece contraditório… um vazio que pesa. Mas é verdade. É isso que se sente. É isso que dói. Não nos encaixamos em lugar algum, não pertencemos a nada, não somos nada.
Descobri que o curso que eu quero seguir na faculdade, já não tem matemática ( que é simplesmente a disciplina que eu mais odeio à face da terra ! Grrr )
...Por isso vou mandar f*dê-la, e anular a disciplina .|.
Não sei, simplesmente não sei. Não sei quem sou, não sei o que sinto, não sei o que faço e porque o faço. Não sei. Não sei o que quero, principalmente. Estou parada. A pairar numa nuvem cinzenta. No meio do nada, com vista para o nada, só para a neblina. De olhos vendados, vendados para o Mundo, longe de tudo e de qualquer coisa. Só eu, a brisa, a nuvem cinzenta e a neblina, a pairar no meio de sitio nenhum, close to nothing. É aí que vive a minha alma agora. É aí que ela paira. Portanto se me perguntarem onde está o meu espírito, eu respondo que está aí, onde o deixei, perto do nada.
Todos nós queremos estar num determinado estado de espírito, seja ele bom ou mau, seja ele pelos bons ou maus motivos, seja de uma boa ou má maneira. E se não conseguimos naturalmente tentamos tudo para o conseguir. É uma necessidade que temos, pelos problemas, pela falta deles, porque conseguimos algo, porque não conseguimos, por tentarmos, por falharmos, por estarmos fartos de nós próprios, por querermos ser mais. Motivos não faltam, e maneiras de o fazer também não. Queremos é mudar as coisas, mudar-nos, mudar os sentimentos, mudar os outros, mudar o mundo, mudar a vida. E então prendemo-nos à ilusão mais barata, ou mais à mão.
Vivemos de ilusões, e depois passamos a viver para elas. E se não o fazemos, gostaríamos de o fazer, nem que fosse por uma única só vez. Queremos um escape, uma fuga, um esconderijo ou um bilhete só de ida. Queremos. Porque pensamos que não podemos, que não conseguimos. Então fingimos que podemos, fingimos que conseguimos.
Mas todos nós queremos algo, algo que mude a maneira de ser das coisas. Ansiamos por isso, mesmo que não admitamos. É a simplesmente assim que somos.
Sempre gostei de ver as estrelas, é algo que me fascina, gosto de olhá-las, conhece-las, e ter confiança com elas, ouvi-las. Gostava de as conhecer a todas, uma por uma. Saber o nome, a idade, onde vivem. Como se fossem amigas de longa data.
E às vezes fico assim, horas deitada, só a vê-las, a admirá-las.
Por vezes penso que me surpreendo de mais, com as coisas, sabem ! Fico a pensar como é tudo tão mágico aqui. Isto. Sabem, eu até acredito que exista vida fora daqui. Isto é, não será egoísta pensar que somos os únicos seres vivos a habitar um universo tão vasto, com tantos sistemas, tantas galáxias e tantos segredos ?
Existe tanta coisa fora daqui, tanta coisa que não conhecemos, tanta coisa que nunca iremos conhecer. E é isso que nos desafia, que nos desperta a curiosidade e que nos faz querer saber mais sobre esta coisa infinita que é o universo, com tanto ainda por explorar.
Mas no entanto, não preciso mais do que o que tenho aqui. Eu gosto disto aqui, acho mágico a forma como nós crescemos, como tudo cresce à nossa volta, como tudo se transforma. Gosto do facto de conseguirmos ver os milhões de estrelas minúsculas que se encontram a milhares de milhões de quilómetros daqui. Gosto da lua, da forma como afecta as marés, da forma como o sol reflecte a luz nela.
E gosto principalmente das pessoas, de conhecê-las, gosto do sorriso delas, gosto da forma como entram na nossa vida, sem ser preciso muito. E às vezes, em raras vezes, da forma como parece que nos conhecemos à tanto tempo, à tanto tempo que não se pode contar, calcular, ou traduzir numa equação para génios matemáticos. É uma incógnita, algo que nunca vamos saber ao certo, mas que também não necessitamos de saber, basta saber que é muito tempo, e que, por muito que digam, vamos sempre conhecer essas pessoas, sem serem precisas muitas conversas. Basta estarmos com elas, às vezes até em silêncio. Basta uma respiração para sabermos tudo o que há a saber, e nada mais. É isso que é mágico, a forma como nos completamos sem ninguém nos ter dito nada. Sem serem precisas informações, diálogos, pesquisas, estudos. Já vem tudo cá dentro, já nasce connosco, já vem de há muito tempo.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Há pessoas que sem saberem nos salvam o diaa. Glad you born :)
Era o final do dia. Estava a deprimir, os dias ficavam mais pequenos, mais sisudos, mais tristes. E eu também. Esse dia tinha sido em vão ,o anterior também, e os que se seguiriam iam do mesmo jeito. Era final de verão, ameaçando chuva.
Tinha tanto para fazer, deixei por fazer. Tinha tanto para viver, deixei por viver. Era vegetal, sem acção, sem reacção. Boneco inanimado, abandonado. Fiquei parada, a vaguear numa nuvem cinzenta, no meio do nada, sem nada, por nada.
Dei por mim e já era tarde, já tinha acabado o dia, mais um dia acabado. Tentei recuperar algum sentimento, sentir algo, e pedi-te ajuda. Foste fiel, e por momentos senti-me bem. Mas depois tiveste que ir, e eu fiquei do mesmo jeito, a pairar naquela nuvem.
Fui passando as memórias de algumas conversas, até soltei alguns risos, sempre me fizeras bem, apesar de tudo. Deixei a minha imaginação usufruir do espaço e fazer gato-sapato do papel que empunhei à minha frente. Até que saiu algo com jeito, sem esforço. Depois fui apenas desabafando, por aqui e por ali. Falando e divagando, coisa que deveria fazer mais vezes. Recuperei um pouco da alegria, mas a melancolia continuava aqui, não dissuadia, não evaporava. Arrumei o quarto, passeei-me por ele, depois deitei-me. Algo não estava bem, oxalá fosse tão fácil organizar a minha cabeça, como é fácil organizar o meu quarto. Deixei-me estar a pensar numa música, e a pensar em tudo. Mas o problema é que quando pensamos em tudo, esse tudo dispersa-se e transforma-se em nada, voltei outra vez à nuvem. Já não iria fazer nada daquele dia, estava perdido. E como em todos os dias em que fico acordada até tarde, a fome rapidamente chega, fui à cozinha, olhei em volta, passeei-me por ela, pensei, voltei a pensar e nada. Nada do que ali estava fazia sentido, nada satisfazia a minha fome, voltei ao quarto, de mãos vazia, de estômago vazio, de alma vazia. Sentei-me em frente ao computador e escrevi.
"A Converse lança esta Primavera/Verão a campanha The Spark. Com o objectivo de "inspirar actos criativos em pessoas criativas" a campanha divulga várias curtas-metragens que acompanham o processo criativo de alguns jovens que participam na campanha. A Converse provoca assim os seus consumidores para que soltem a sua criatividade sob o mote essencial da campanha. You'r On, You're Up, You're It."
UM DIA...vou arriscar, ser espontânea, cometer uma loucura e viver a vida, deixar o trabalho, a rotina, as preocupações, os problemas, esquecer o passado e não pensar no futuro,fugir e sair de casa de madrugada numa carrinha velha, levar os amigos e partir rumo ao desconhecido, acordar na praia, nadar nua, tomar o pequeno almoço na praia ao som duma guitarra e partir outra vez, perder-me, encontrar o caminho, correr sitios, locais, pessoas, cantar bem alto, dançar na rua, brincar à chuva e adormecer ao lado dos amigos. Ainda hei-de aprender a fazer surf, e a tocar guitarra para depois tocar no meio da rua com os amigos, ir a um supermercado e roubar um pacote de leite, fugir da empregada e dizer "Deixe estar, para a próxima pago-lhe um café", fazer-me à estrada, oferecer boleia, comer na carrinha, parar num descampado e ficar a noite a ver as estrelas.
Era bom não era ? But you know what ? Um dia ainda hei-de fazer isto tudo e muito mais, e vão ser os dos melhores dias da minha vida :D
Because no matter what they say, we are just all we want to be. Está nas nossas mãos.
E estava A. a perguntar-se a sí própria como é que J. conseguir saborear aquela paisagem, a ouvir aquela música ( Bloody Beetroots ). Mas a verdade é que os pensamentos de J. estavam noutro sitio, secalhar melhor que aquela paisagem, ou pelo menos muito diferente.
Mas a verdade é que a paisagem era muito bonita, lá isso era, é uma das razões pelas quais a minha varanda merecia um prémio.Sério :D
"Prémio Revelação 2010", e depois as pessoas pagavam só para porem o pézinho nela, há pois hmf Varanda mai lindaaa <3
Hmm…aliciante não ? Voltar a ser criança, voltar a ser livre, voltar a ser permanentemente feliz, voltar a sermos nós próprios, ou simplesmente voltar…sentir, desejar, imaginar, brincar e sobretudo sorrir. Não é tão bom ? Devem ser os melhores anos da nossa vida, ou pelo menos os mais verdadeiros.
O que é a economia ? A politica ? A crise ? A fama ? A moda ? Os telemóveis ? A maquilhagem ? O que é isso ?
Afinal parece que já não vivemos sem isso, sem falarmos nisso, sem ouvirmos isso day after day. Isso que pertence ao mundo dos adultos, no qual nós habitamos agora.
Mas a verdade é que éramos muito mais felizes, sem essas preocupações.
Podem dizer o que quiserem mas o ser mais ignorante é com certeza o mais feliz…até lhe dizerem como é ignorante.
É como dizem “Longe da vista, longe do coração”
E felicidade que nos era inata quando éramos pequenos, agora é um prémio para quem estiver disposto a lutar por ela.
Mas e se em vez de lutarmos… formos mais como nós, mais crianças, mais risonhos, mais disparatados, mais audazes, mais criativos, mais livres, mais felizes ? Seems like a good idea, don’t you think ? :D
Sabem aquele ponto de viragem em que reflectem sobre o que andaram a fazer nos últimos tempos, escrevem novos objectivos e fazem novas promessas ?
Muitos fazem-no no ano novo, outros na quaresma (whatever), eu faço-o no final de cada ano lectivo. É como uma reciclagem. Faço-o todos os anos ..mas o ano passado não o fiz, assim andei a acumular lixo o ano inteiro, e isso só deu merda :s
Até apetece dizer “Ah isso é tudo psicológico”, mas não é. É importante olharmos para trás para não cairmos nos mesmos erros, é que já estou a ficar crescidinha e já é tempo de acordar para a vida ! Ou arranjar uma..! Não quero que as minhas histórias fiquem muito tempo numa sala de espera :p ( wish me good luck )
Demasiado nostálgica, ou não , aqui está a música do dia :
Depois de 4 dias estagnada em casa, já sentia a falta do convívio com as pessoas, isto é, pessoas a sério, para além dos meus pais.
Finalmente algum vislumbre de almas jovens, livres e bem-dispostas :D
Depois de uma dose de descanso e outra de trabalho e um pouco de stress (raio de escola que “obriga” a fazermos trabalhos nas férias !)… que comecem as férias a sério ! Prognósticos: Passear, Amigos, Praia, Festas e… Missa, lá terá de ser -.-
Não quero ser mal-educada mas este é o nome da mais recente aquisição literária da minha mãe ! Ahah, a sério. Se virem um mini-livro com este nome não hesitem em comprar xD
Não é que diga alguma coisa com jeito mas podem sempre lá encontrar frases como:
“O filho da puta é tão universal como a alegria, a tristeza, a sida, o eczema ou a depressão” ( toda a gente conhece um )
“ O filho da puta continua a pensar que Pena Suspensa é um nome índio”
“O filho da puta continua a pensar que Hitler foi o inventor do gás natural”
“O filho da puta gostava de ter sido do tempo da Inquisição, pois acha que gasta demasiado com a manutenção da lareira.”
“O filho da puta adorava ser padre para pôr todas as mulheres de joelhos”
“O filho da puta acha que a resistência à ditadura foi sempre um assunto de electricistas, porque só conhece a resistência eléctrica”
“O filho da puta pensa que a circuncisão foi a viagem feita por Fernão Magalhães à volta do mundo”
Eis a síntese dum qualquer resumo da minha vida. Há dias em que perdemos tudo, outros em que ganhamos. Ontem foi um dos dias em que ao pensar que ia perder, fiquei a ganhar. Hoje os dados são lançados novamente. Mal posso esperar pelo resultado ;)
Who ? ME ! What ? This ( stupid or not ) blogWhy ?I don’t know, I just needed it ! :XWhen ? OK, stupid question -.-How ?OK. Stupid too.
Já ouviram falar na palavra “EXPRESSAR” ? Boa, palavra-chave neste blog. Afinal, é para isso que eles servem. Instrumentos de expressão humana para quem não tem mais nada para fazer e não só.
P.S.: Quanto ao sucesso deste blog, não prometo nada ahah
Hello World ! Bom, um bom diário requer uma actualização permanente deste. Por isso começo desde já a dizer que este não vai ser um bom diário : ) But who cares ? I don’t ; )